A inovação como requisito de sobrevivência

Uma estimativa das 500 maiores empresas listadas na bolsa americana mostra que na década de 50, a idade média era de permanência era de 60 anos. Nos dias de hoje, este número caiu para 15 anos. Os dados apontam uma renovação do ranking por empresas mais jovens, as quais se mostram mais adaptáveis à velocidade das mudanças do mundo contemporâneo. 

A interação dinâmica entre as variáveis políticas, econômicas, tecnológicas, ambientais e sociais, promovem mudanças na forma de competir e influenciam tanto as empresas quanto os profissionais. As startups, por exemplo, estão mais atentas na interação dinâmica destas macro variáveis, aproveitando melhor as oportunidades que emergem. 

A inovação é um requisito de sobrevivência das organizações. Um exemplo clássico é o?case?da Kodak. Na década de 90, a empresa não deu a importância devida à evolução tecnológica das câmeras digitais. 

Empresas como a Sony e a Canon perceberam a rápida evolução da tecnologia e se posicionaram melhor para explorar este novo mercado que surgia, que acabou canibalizando o mercado de fotografia analógica. 

Na década seguinte, a Apple percebeu que a oportunidade de convergir os diversos?devices?de fotografia digital, música e telefonia celular em um único dispositivo, surgindo o?smartphone. A empresa foi capaz de perceber a necessidade da sociedade por soluções mais simples e práticas, bem como as oportunidades decorrentes dos avanços tecnológicos. 

Mesmo a Apple, uma empresa mais atenta às interações das macros variáveis, também não foi capaz de perceber mudanças comportamentais da sociedade e que impactariam o mundo da fotografia digital. 

Os jovens estavam mais interessados em compartilhar suas vidas por meio das fotografias do que o dispositivo que gerava?as fotos digitais. 

A startup Instagram?foi a primeira empresa a oferecer uma rede social para esta finalidade. 

Esta trajetória da fotografia digital ilustra bem o que está acontecendo no mundo contemporâneo. 

Além das empresas estarem atentas ao seu cenário competitivo, elas precisam estar atentas na dinâmica entre as variáveis políticas, econômicas, tecnológicas, ambientais e sociais. 

Desta dinâmica surgem novas oportunidades e ameaças, gerando impactos muito mais profundos nos mercados do que a movimentação dos concorrentes tradicionais. 

A frase de Klaus Schwab, Fundador e Presidente Executivo do Fórum Econômico Mundial nunca foi mais atual: “No novo mundo, não é o peixe grande que come o peixe pequeno, é o peixe rápido que come o peixe lento”. 

Fábio Makita, diretor administrativo do Instituto Hercílio Randon – IHR.

 

Fonte: Site Tiinside

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